Sonhar o Mundo realiza webinário sobre violações dos direitos das mulheres e atuação das instâncias de proteção

Postado em: 30 de novembro de 2021 | Destaques

Oficina Proteção para Mulheres nos Museus também é destaque da programação pré-evento

Com a participação de representantes das mais diversas instâncias de proteção aos direitos das mulheres, no dia 2 de dezembro, das 10h às 12h, acontecerá o webinário “O cenário de violações dos direitos das mulheres e a atuação das instâncias de proteção”, com transmissão via Youtube do Sistema Estadual de Museus de São Paulo (SISEM-SP), instância da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado.

A ação, realizada pelo SISEM-SP e a Organização Social de Cultura ACAM Portinari, integra a campanha Sonhar o Mundo e é uma atividade de sensibilização para as profissionais de museus, com o intuito de que possam, a partir das apresentações que serão feitas no evento, refletir para a elaboração de protocolos de ação a serem implantados nos museus paulistas.

“A intenção é dar início à confecção de um protocolo de ação para os museus. Assim, além de buscarmos uma fala de representação da ONG Think Olga para dar um panorama sobre a situação das mulheres no Brasil, entendemos que falas da Defensoria Pública e da coordenação das Delegacias de Defesa da Mulher são essenciais para que as profissionais de museus saibam sobre os canais de apoio existentes, a fim de compreender que não estão sozinhas e desamparadas na defesa de seus direitos”, comenta Davidson Kaseker, diretor do Grupo Técnico de Coordenação do SISEM-SP (GTC/SISEM-SP).

Convidadas

Jamila Jorge Ferrari – Delegada de Polícia, coordenadora das Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher, professora da Academia de Polícia na matéria Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica e Crimes Sexuais e membro do Comitê Intersecretarial de Defesa da Mulher do Estado de São Paulo.

Nalida Coelho Monte – Defensora Pública do Estado de São Paulo, com atuação na área de violência doméstica e familiar em favor da vítima. Atualmente, está na coordenação auxiliar do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM).

Maíra Liguori – é jornalista, pós-graduada em publicidade e antropologia, mãe e diretora de impacto na consultoria Think Eva e na ONG Think Olga. Ambas as organizações promovem soluções para as questões de gênero e intersecções tendo como ferramenta a comunicação. Por seu trabalho, foi eleita uma das 100 mulheres mais inovadoras do mundo pela BBC de Londres.

Luara Carvalho – Iniciou sua trajetória com educação em 2009 e, desde então, atua também em exposições, museus e instituições culturais da cidade de São Paulo, além de atuar como educadora de cursinho popular desde 2015. Cursou História na Fundação Santo André.

Oficina

Outra atividade que integra a Sonhar o Mundo é a oficina “Proteção para Mulheres nos Museus”, que será ministrada por Agnes Karoline de Farias Castro, integrante da rede Promotoras Legais Populares, em 3 de dezembro, das 10h às 12h, via Google Meet. A atividade tem vagas limitadas e é voltada exclusivamente a mulheres que trabalham em museus de São Paulo, que poderão se tornar multiplicadoras dentro das suas instituições.

As inscrições podem ser feitas até 1º de dezembro, na Plataforma ADA, pelo link https://cem.sisemsp.org.br/. Para se inscrever, é preciso estar logado no site do SISEM-SP, ou seja, ter um perfil na Plataforma ADA. Veja o tutorial sobre como fazer o perfil de usuário.

Há mais de 25 anos no Brasil, a rede Promotoras Legais Populares (PLPs) faz formação de mulheres para prestar orientação, aconselhar e promover a função instrumental do direito no dia a dia de outras mulheres. Trata-se de uma metodologia de educação popular em direitos na perspectiva de raça, gênero e classe.

“Acreditamos que sonhar o mundo é importante e imprescindível e queremos fazer parte desta mudança também nos museus onde as mulheres possam ser sujeitos que contam suas próprias histórias assim como, por vezes, nós somos um museu vivo de narrativas que foram invisibilizadas e não compreendidas por olhares colonizados”, comenta Agnes.

Ainda de acordo com ela, “as potências, vivências e lutas das mulheres precisam ser consideradas para que a transformação seja possível assim como a equidade de gênero nos espaços que historicamente privilegiou o lugar pretensamente universal de ‘homem, branco, heterossexual e ocidental’”, finaliza.

Agnes Karoline de Farias Castro estudou Ciências Sociais na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde fez parte do Núcleo de Filosofia e Política. Atualmente, é Coordenadora das Promotoras Legais Populares dos Pimentas e professora das Promotoras Legais Populares de São Paulo.

Além disso, atua profissional e academicamente no terceiro setor, é integrante do Ilê Alaketu Ifá Omo Oyá e representante municipal do Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FonsaPotman). E CEO da Amadi Tecnology.

A oficina contará com 30 vagas, que serão disponibilizadas a profissionais dos museus articuladores da Campanha Sonhar o Mundo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, além de profissionais indicados pelas Representações Regionais do SISEM-SP.

Sonhar o Mundo

A campanha Sonhar o Mundo será realizada de 6 a 12 de dezembro, de forma on-line, pelo SISEM-SP, em parceria com a Organização Social de Cultura ACAM Portinari e os museus articuladores: Museu da Inclusão, Memorial da Resistência, Museu Afro Brasil, Museu da Diversidade Sexual, Museu da Imigração, Museu de Arte Sacra, Museu do Futebol e Museu Índia Vanuíre.

Com o tema “Soluções Sistêmicas para o futuro que queremos: Mulheres”, essa edição dá continuidade ao ciclo de sensibilização iniciado no final do ano passado, cuja temática da campanha, realizada em parceria com o coletivo transnacional “Mujeres cambian los museos”, foi “Equidade de gênero”.

A Campanha é uma ação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa no sentido de articular e mobilizar os museus paulistas, incentivando-os a promover a reflexão e o debate de questões relacionadas aos Direitos Humanos. Tradicionalmente é realizada na semana do Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12) e parte do pressuposto de que os museus devem atuar como instrumentos de transformação social ao incentivar as instituições a criarem ações relacionadas à temática proposta.

Em breve será divulgada a programação com as atividades propostas pelos museus paulistas.

Fonte: SISEM-SP

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