Grupo Ururay preserva e divulga o patrimônio da Zona Leste de São Paulo

Postado em: 9 de novembro de 2022 | Notícias

Núcleo formado por pesquisadores realiza ações culturais e já publicou um livro com entrevistas, dados sociais e levantamento dos patrimônios tombados na região

A 12ª edição do Encontro Paulista de Museus – EPM 2022 adotou o formato híbrido e a sessão “Experiências museológicas” é uma das ações online que fazem parte da programação. Nela, instituições e grupos de pesquisa foram convidados a apresentar suas expertises inspiradoras e com potencial de promover discussões dentro da comunidade museal.

O Grupo Ururay é um núcleo de estudo e de ação cultural formado por pesquisadores interessados na preservação e na divulgação do patrimônio da Zona Leste de São Paulo.

Vamos saber mais?

Desde 2014, o Grupo Ururay desenvolve ações que buscam a valorização e o reconhecimento dos patrimônios culturais, tombados ou não, na região Leste da cidade de São Paulo. O coletivo é composto por uma equipe diversa, com formação e histórias, que buscam ampliar a atuação e criar redes de parcerias com a comunidade local. De acordo com a agente cultural Patrícia Freire, o grupo “mantém uma escuta ativa com as comunidades, com projetos que dialoguem com o território e suas demandas”. 

Entre os trabalhos desenvolvidos pelo coletivo em prol da recuperação de documentação histórica foi o “Territórios de Ururay”, um livro com entrevistas, dados sobre aspectos sociais e econômicos e levantamento dos patrimônios tombados na Zona Leste. Ações culturais, como exposições e roteiros, também fazem parte do projeto. “Foram ações que, futuramente, nos ajudaram a desenvolver conteúdos e ações culturais para essas regiões que precisam de mais articulação e recurso”, comenta Patrícia.

Outro destaque é o projeto “Heranças Periféricas”, que propõe a aproximação entre pessoas, memória e patrimônio cultural construídos nas favelas de São Paulo. O projeto cria relações entre os moradores e os espaços construídos a partir da promoção de eventos, como o “Festival Tombamento”, produzidos em locais que possuem patrimônios tombados, com atividades coordenadas por agentes locais, como feiras artesanais e gastronômicas, intervenções artísticas e musicais.

A abrangência do Heranças Periféricas permite o desenvolvimento de atividades em conjunto à Comunidade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, ao Memorial Penha de França, aos imigrantes andinos, à Folia de Reis Estrela do Oriente, às empreendedoras do Coletivo Meninas Mahin, aos Coletivos como Sucatas Ambulantes de Itaquera, entre outros.

Ao abordar a importância do trabalho realizado pelo grupo, Patrícia afirma que “todos esses temas ou conceitos não são só imprescindíveis para a construção de um museu vivo, mas, sobretudo, para construção de uma sociedade mais democrática, crítica e dinâmica”.

Para mais informações acesse Ururay_zl

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