Afinal, para que servem os museus?

Postado em: 8 de abril de 2020 | Notícias

Instigados pela pergunta “museus: o que são, para que servem?” 13 notáveis profissionais de museus brasileiros tecem reflexões.

Otávio Balaguer – ACAM Portinari

Ao longo das últimas décadas do século XX, e início do século XXI, os museus encontraram campo fértil, especializaram-se, disseminaram-se e se fortaleceram. O contexto proporcionou a efervescência de ideias e fomentou a discussão entre técnicos da área. Nessa perspectiva, o Sistema Estadual de Museus de São Paulo (SISEM-SP) organizou a Coleção Museu Aberto, uma série de abrangentes publicações. A obra “Museus: o que são, para que servem?” abre a coletânea com 12 capítulos constituídos por artigos de autoria de quem faz os museus: os profissionais.

Em 130 páginas, a pergunta que intitula o livro provoca uma diversidade de respostas, ou melhor, tentativas, já que a dinamicidade das instituições museológicas não permite afirmações conclusivas. Os museus se transformam e servem às necessidades de suas comunidades em determinados contextos históricos. Nesse sentido, o que se concretiza é uma discussão sobre o papel do museu na contemporaneidade, os desafios que lhes são impostos e as perspectivas do campo.

Capa da publicação “Museus: o que são, para que servem?”

Nota-se que o fio que conecta os doze textos não é linear, apesar disso, é uma constante. Ele costura reflexões que se embasam em diferentes tendências na diversidade do pensamento e das experiências museais, ao passo que problematiza os desafios da existência e permanência institucional. O contraste entre o potencial e as dificuldades encontradas pelo museu no cotidiano da realização de suas tarefas pode ser visto sob múltiplos olhares; as questões que
se colocam para o gestor de um pequeno museu não são as mesmas para o curador de coleções de arte.

De modo geral as discussões se encontram na perspectiva mundial assumida pela Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972, que traz à luz a natureza social das instituições museológicas no seio de suas comunidades. Em oposição a uma museologia, dita tradicional, limitada apenas à apreciação de questões intrínsecas à cultura material, apagando, muitas vezes, o contexto social de produção e da incumbência do patrimônio cultural.

A qualificação das equipes de colaboradores dos museus é uma preocupação que perpassa muitas reflexões. As transformações pelas quais a instituição passou ao longo da história desencadeiam a necessidade do emprego e apreciação de técnicas e labores especializados, determinados pela vocação universal de guardião e comunicador de elementos e narrativas coletivas.

O entusiasmo dos autores envolve quem busca respostas. Desde uma breve história dos museus às densas questões conceituais, o livro dá conta de mostrar a transversalidade, característica inerente aos museus do século XXI. A vida dos museus se mantém por uma operação em cadeia, cujo princípio e fim se perdem no continuum das ações e mostra a organicidade da instituição: o trabalho nunca pode parar.

O formato da publicação permite o leitor elencar temas de interesse, ou se deleitar página a página, caberá a ele navegar pelos textos e organizar seu percurso.

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