Museu das Culturas Indígenas aposta em gestão compartilhada para garantir o protagonismo dos povos originários

Postado em: 10 de novembro de 2022 | Notícias

Inaugurado em junho de 2022 na capital paulista, o espaço oferece exposições, cursos, palestras, entre outras atividades que envolvem o compartilhamento de experiências, saberes e fazeres de diferentes etnias indígenas

A 12ª edição do Encontro Paulista de Museus – EPM 2022 adotou o formato híbrido e oferece diversas atividades online, que serão divulgadas nas redes sociais do Sistema Estadual de Museus de São Paulo (SISEM-SP).

A sessão “Experiências Museológicas” contará com a participação de instituições e grupos de pesquisa que apresentarão suas atividades e destrezas com potencial para integrar as práticas museológicas. Convidamos então o Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Vamos saber mais?

O Museu das Culturas Indígenas (MCI), inaugurado em junho de 2022, tem como objetivo o compartilhamento de mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias dos povos originários. Além disso, se estabelece como um espaço para o diálogo intercultural entre os povos originários e os não-indígenas.

O MCI apresenta um novo conceito de museu ao propor uma gestão compartilhada e, construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. Para Angélica Fabbri, diretora executiva da ACAM Portinari, esse modelo de administração tem possibilitado um aprendizado mútuo e contínuo que ajuda a balizar as ações.

Diretora de articulação e relacionamento do Instituto Maracá, Cristine Takuá enxerga no museu uma forma de mostrar que São Paulo é um território indígena. “É como uma escola viva, que vai dialogar sobre a história, a arte, a cultura e as diversas formas de pensar e transmitir conhecimentos”, aponta.

O espaço também funciona como um centro de pesquisa e referência e conta com auditório, área administrativa e reserva técnica, além das salas para exposições e outros eventos. A curadoria das mostras de arte passa pelo crivo dos indígenas, de diferentes etnias, que também recebem os visitantes e conduzem outras atividades da programação.

É dessa maneira que o espaço busca garantir o protagonismo aos povos originários, verdadeiros detentores dos saberes e fazeres tradicionais indígena. “É uma possibilidade de contribuir para a transformação da sociedade e reforçar a importância do respeito a diferentes povos e modos de vida”, completa Cristine.

Para mais informações acesse: museudasculturasindigenas.org.br

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