A visita técnica de aferição é sabidamente um dos momentos mais importantes do Cadastro Estadual de Museus – CEM-SP. É quando as instituições recebem presencialmente a equipe do Sistema Estadual de Museus – SISEM-SP para a verificação das informações do Instrumento de Qualificação Cadastral Básico – IQC Básico e um assessoramento técnico personalizado feito especificamente para sua realidade.
Durante a pandemia do novo coronavírus, as atividades presenciais do setor cultural foram paralisadas. Este cenário também afetou diretamente o calendário das visitas técnicas do CEM-SP. Mas com o avanço da imunização no Estado de São Paulo, as atividades culturais foram gradualmente retomadas, permitindo também o planejamento do retorno das aferições do CEM-SP.
Para realização da visita, é necessário somente a presença do responsável pelo preenchimento do IQC, e o museu não precisa estar aberto ao público. Para garantir a segurança tanto de quem faz quanto de quem recebe as visitas técnicas do CEM-SP, foram criados protocolos de segurança especiais:
- Uso de máscara de todos os participantes é obrigatório;
- O distanciamento social também será respeitado;
- Caso as equipes das instituições que receberem a visita técnica ainda estiverem trabalhando em sistema de teletrabalho ou revezamento, a atividade de diagnóstico situacional (necessária para o preenchimento do relatório situacional) poderá ser realizada virtualmente, mediante preenchimento de formulário digital.
Somente em agosto, quatro visitas técnicas foram realizadas pelas equipes do GTC SISEM-SP e da ACAM Portinari. As instituições contempladas pela atividade foram o Instituto Maurício Nogueira Lima (Campinas), Museu Maçônico do Grande Oriente do Brasil de São Paulo, o Museu Major José Levy Sobrinho (Limeira) e a Casa da Memória de Araras.
Visita técnica do Cadastro Estadual de Museus realizada no Museu Major José Levy Sobrinho (Limeira). Visita técnica do Cadastro Estadual de Museus realizada no Museu Major José Levy Sobrinho (Limeira). Visita técnica do Cadastro Estadual de Museus realizada no Museu Maçônico do Grande Oriente do Brasil de São Paulo. Visita técnica do Cadastro Estadual de Museus realizada na Casa da Memória de Araras.
Até o fim de 2021, o SISEM-SP espera poder continuar realizando as demais visitas técnicas de aferição represadas desde o início da pandemia.
Para Stela Politano, coordenadora do acervo do Instituto Maurício Nogueira Lima, o início do processo de cadastramento a auxiliou a visualizar de maneira mais abrangente o que faltava na instituição. “Por meio das perguntas nós percebemos que tínhamos muitos pontos que não atendiam ao que o SISEM-SP pedia. E essas falhas em nossa estrutura burocrática e organizacional foram a primeira faísca de que havia problemas na instituição”, afirma.
Em suas palavras, a visita técnica foi a melhor consultoria que teve do ponto de vista de estrutura e de organização. “Foi um abrir de olhos, as diretrizes e parâmetros utilizados na avaliação – que eu nem considero como avaliação porque é muito mais uma indicação –, são caminhos que a equipe nos aponta para melhorarmos nossa estrutura”, diz Stela.
Ela ressalta ainda que “ter um serviço público do nível do SISEM-SP, que te fortalece enquanto instituição e saber que não estamos sozinhos, que temos a quem recorrer e dialogar diante de um mercado que é caro, é muito gratificante, ainda mais por termos isso tudo de forma gratuita e numa qualidade tão boa”, finaliza.
O que são as visitas técnicas do CEM-SP?
São ações realizadas pelo Grupo Técnico de Coordenação do SISEM-SP – GTC SISEM-SP, em parceria com a Organização Social de Cultura ACAM Portinari. As visitas técnicas permitem que as equipes verifiquem presencialmente as informações coletadas no IQC Básico e tirem eventuais dúvidas.
Como resultado direto da visita técnica de aferição, as instituições que aderem ao CEM-SP recebem dois documentos considerados estratégicos para a qualificação dos museus paulistas: o relatório técnico (relacionado diretamente aos parâmetros cadastrais do CEM-SP) e o relatório situacional (relacionado à análise situacional de cenário institucional).
Durante a visita técnica de aferição, também é feita a atividade de análise situacional, que servirá de base para o relatório situacional. Enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, a instituição poderá optar por realizá-la remotamente por meio do preenchimento de um formulário digital.
Outra importante função da visita técnica é auxiliar o Conselho de Orientação do SISEM-SP – COSISEM, responsável por deliberar o cadastramento dos museus paulistas, por meio da coleta e sistematização de informações complementares que constituem os relatórios técnico e situacional. Esses dados balizam também a elaboração do Checklist do Relator, um documento complementar que sintetiza os parâmetros atendidos ou não pela instituição cadastrante.
O que devo fazer para minha instituição receber uma visita técnica do SISEM-SP?
Antes de qualquer coisa, é necessário que a instituição preencha e submeta um IQC Básico. Após a submissão, a direção do GTC SISEM-SP selecionará um parecerista (um membro do próprio Grupo Técnico de Coordenação) e um assistente (que integra a equipe da Organização Social de Cultura ACAM Portinari).
Em seguida, o assistente técnico contatará o profissional responsável pelas informações do museu no CEM-SP para o agendamento da visita técnica. Por isso, é muito importante atentar sempre aos dados de contato da instituição e do usuário responsável, sobretudo e-mail e telefone; será feita por eles a formalização da visita técnica e todos os demais contatos necessários durante o processo cadastral.