Construído dentro da Fazenda Santa Cecília, em Cajuru (298 km de São Paulo), um centro de memória aberto na semana passada vai pesquisar e preservar a história do café.
O Centro de Documentação e Memória da Mogiana é um projeto com participação de pesquisadores da USP de Ribeirão.
Vista da tuia de café da fazenda Santa Cecília, em Cajuru, que criou o Centro de Memória da Mogiana
A iniciativa partiu do dono da fazenda, o empresário Omilton Visconde Júnior.
Em 2011, após uma busca por propriedades com a ideia de adquirir uma fazenda histórica para recuperá-la, ele comprou a Santa Cecília.
Ao projetar o restauro, descobriu um acervo de documentos. Para preservá-los, buscou auxílio da professora Sílvia Maria do Espírito Santo, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.
Ela já havia trabalhado na organização de informações relacionadas ao Museu do Café, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Desde o ano passado, então, foi montada uma equipe para tratamento, higienização e leitura dos documentos achados na Santa Cecília.
O mais antigo, de 1889, é um registro de imigrantes que chegavam à propriedade para a produção cafeeira.
O centro de memória quer se transformar em curador de documentos das fazendas históricas de toda a Mogiana -são 42 municípios e só entre Mococa e Cajuru há 120 propriedades mapeadas.
A FAZENDA
A própria Santa Cecília é uma página viva da história do café na Mogiana. Construída no fim do século 19 pela família Sampaio Moreira, a fazenda ainda tem em pé boa parte da estrutura original.
De acordo com Visconde Júnior, o trabalho de restauro da fazenda deve ser encerrado em 2013. Inicialmente, não há definição sobre acesso do público ao local.
Pesquisadores podem agendar visitas pelo telefone (16) 3659-8622 ou pelo site www.fazendasantacecilia.com.br.
Fonte: Folha.com