Contam-se nos dedos, literalmente, os casarões que restam na avenida Paulista, a mais conhecida via de São Paulo: quatro -uma mansão decrépita por fora, duas agências bancárias e um museu.
No domingo, um casarão da década de 1960, entre a rua Pamplona e a alameda Casa Branca, foi demolido. Ele dará lugar, futuramente, a um prédio de escritórios.
Da Paulista dos barões do café, há apenas o casarão do número 1.919, entre a rua Padre João Manuel e a alameda Ministro Rocha Azevedo.
Erguida em 1905, foi residência do cafeicultor Joaquim Franco de Mello. Hoje, ali mora Renato, neto dele.
Aparentemente em mau estado de conservação, o imóvel terá que ser restaurado com ajuda do Estado e da prefeitura, embora seja particular, segundo decisão da Justiça da semana passada.
Segundo Renato, o local é “perfeitamente habitável”.
Trata-se de um dos dois casarões tombados pelo órgão patrimônio histórico ali: o outro é a Casa das Rosas, de 1935, no final da Paulista. Um imóvel tombado não pode ser demolido e, para ser modificado, requer autorização.
A casa em estilo neoclássico na esquina da Paulista com a Ministro Rocha Azevedo não é tombada. Mas está no entorno de bens protegidos, o que obriga o inquilino (o banco Itaú) a também pedir aval se quiser fazer obras.
O único casarão “desprotegido” (sem tombamento) é a agência do Santander que fica no número 709 e, até a década passada, abrigava uma unidade do McDonald’s.
Juca Varella/Folhapress
Casa das Rosas, projetada por Ramos de Azevedo e concluída em 1935, é tombada pelo município.
Fonte: Folha de S. Paulo